segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Campo Santo

Eu sou aquele que está nas cercanias do campo santo, num suburbano bar onde os copos estão engordurados de tão sujos. A música não era tão ruim mas nós respeitamos o funeral, e os habitantes das cercanias do depósito dos mortos tem curiosidade em ver, curiosidade e saudade de sua hora fatal, hora essa que talvez seja inútil, ela está tão próxima de nós quanto a solidão de um momento.
De chofre se fecham as portas do campo santo e eu me angustio de forma tal quando sei que o serviço dos vermes começará em instantes. Não somos tão frágeis assim, pelo menos por um momento.
Mesmo eu que não consigo terminar o meu poema concreto que está na minha gaveta ilógica.
Onde o medo dos vermes ectá cad vez que a abro.
É preciso que tenhamos um poema concreto para que possamos não nos angustiarmos com os vermes e os curiosos
A paixão ou vícios , estamos sujeitos.
Só não podemos esquecer o leite no fogo e o poema na gaveta, porque senão a ânsia angustiante volta ( ânsia mais banal e inútil )
terra e vida andam juntas, mas a existência não.
( ....)
J.Davi.
continua....

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