sábado, 9 de agosto de 2014

Crônica - De Babau do Pandeiro a Thelonius Monk, de Raimundo Soldado a Dizzy Gillespie - 9 de Agosto 2014

Eu preciso beber algo, rapidamente

Olá como vai? Não, eu não vou reproduzir essa canção do Paulinho da Viola íntegra! Não que eu seja um alcoólatra vulgar, um inveterado do álcool, longe de mim que sou bastante cônscio dos  malefícios físicos deste mal. Estou apenas cumprindo minha herança cultural herdade de uma cultura ocidental-cristã. Não precisa ser uma carraspana, nem mesmo uma pândega álacre com uma multidão, quero apenas botar meus discos para tocar, ouvir minha canções preferidas, canções ecléticas que vão desde Babau do Pandeiro a Thelonious Monk, de Raimundo Soldado a Dizzy Gillespie, simplesmente pelo prazer de ouvir música, dançar desengonçadamente cada canção não solidão da casa, uma dança sem censuras. Preciso beber algo rapidamente ao lado da moça Gal, a moça que me ama, amar de intenso  e duradouro prazer como um porco, e não um amor ligeiro e comedido  sem resguardo da concepção. Preciso beber algo rapidamente no calor da tarde, contraditoriamente uma bebida quente, uma bebida que causa brilho nos olhos, tornando largo o peito quando percorre o caminho do estômago, a serenidade chega num instante e a euforia é contida. Não pretendo ser um relator das sensações tal qual fez o autor do livro Noite na Taverna  nem pretensão, nem habilidade para tal, pretendo nesse momento pelo menos me livrar das amarras da obrigação do dia a dia, das angústias da racionalidade existencialista. Preciso urgentemente terminar essa crônica, a garrafa de vinho está aberta, tal qual os lábios da moça Gal, solicitando um contato, o gargalo da garrafa são lábios artificiais no qual preciso beijar. Preciso beber algo rapidamente, e ouvir canções  que vão de Babau do Pandeiro a Thelonius Monk, de Raimundo Soldado a Dizzy Gillespie.     

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