domingo, 3 de agosto de 2014

Crônica - É sábado, é de Manhã!

Sábado, meu sono foi cessado cedo, ainda não estamos na sétima hora desse dia e sou impelido a abandonar os lençóis e a alcova. Logo mais estarei no comércio de hortifrutigranjeiros em busca de víveres para meu sustento, no mercado de paredes encardidas pululam um sem número de consumidores carnívoros como eu, em busca do mesmo objetivo. Daqui a pouco em casa junto a dois de meus irmãos, cumpro excepcionalmente nesta manhã o compromisso semanal de discutir de que forma faremos nosso jogo da loteria esportiva, discussão após outra entramos em consenso e começamos ilusoriamente a sonhar com a difícil probabilidade desse cruel jogo, mesmo sendo o futebol um esporte “meio lógico” – Mas nesse meio tempo a contenda  é interrompida por duas vezes pelas visitas inesperadas do chefe político que me explica o imbróglio causado por acordos feitos a calada da noite, o intrincado jogo da política fez a reunião surpresa demorar mais do que o esperado, voltamos para embate sobre jogo e entre uma discordância e outra, um dos meus manos resolve abrir uma gélida cerveja pousada no fundo do congelador. Nova pausa inesperada do nosso parlatório, é o pai de minha esposa que nos fazer uma visita de última hora se queixando de problemas de saúde inexistentes, nervosismo julgo que seja, nada que um bom tranquilizante não resolva. Passada essa cena, voltamos para a conclusão do jogo. Depois de acertados todos os ponteiros e entramos num tácito acordo,  vem a ilusão da crença de um absurdo da sorte, os irmão vão embora para outros afazeres, o relógio avança e já se aproxima a hora exata de ir para o trabalho, apesar de se um sábado, à tarde preciso marcar presença no  trabalho para garantir o leite dos pequenos. Apreço-me para chegar na hora certa ao trabalho, o sol à pino do início da tarde é impiedoso. Preciso ir antes que esta crônica termine e  seja atropelado pelo tempo!

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